SEJAM BEM VINDOS E BEM VINDAS

Discípulos e Discípulas nos Caminhos da Missão Formam uma Comunidade de Fé, Comunhão e Serviço

terça-feira, 20 de maio de 2014

QUEM É DEUS?


Ó Deus examina-me e conhece o meu coração!
Vê se há em mim algum pecado e guia-me pelo caminho eterno
Salmo 139.23,24

O Salmo 139 é da autoria de Davi, uma reflexão sobre o tremendo poder de Deus. É um salmo de adoração, no qual ele responde as questões: O que Deus sabe? Onde está Deus? O que ele pode fazer? Estas questões, portanto, nos falam dos três  atributos de Deus: conhecimento, presença e poder. O prefixo “ONI” significa total ou único, de maneira que Deus é o único e totalmente Senhor. Deus sabe todas as coisas. Está presente em tudo, e Seu poder é infinito. Desta maneira Ele é ONI-ciente. ONI-presente. ONI-potente.

I – DEUS É ONISCIENTE. (Vs1-6) Ele SONDA, examina, perscruta o coração humano e conhece-o profundamente. Ele sabe tudo, absolutamente tudo a nosso respeito, desde as mais simples como: andar, sentar, levantar, como até as coisas mais difíceis como os  pensamentos e as palavras que ainda nem foram ditas. Ele sabe todas as coisas sobre nós, até o que ninguém sabe, até o que nem mesmo nós sabemos. Ele sabe todos os mistérios, todas as descobertas, tudo o que aconteceu no passado, o que está acontecendo no presente e que ainda vai acontecer no futuro. Os verbos usados no texto são: Sondar, Esquadrinhar, Examinar. O mais importante para nós é que Ele não somente investiga-nos, mas, por causa de sua onisciência e de seu amor, ele nos cerca por todos os lados e nos protege. Somente Ele é ONISCIENTE

II – DEUS É ONIPRESENTE (vs7-12) – Deus está em toda parte, ele preenche todos os espaços em todo o universo. Não há lugar onde o homem possa se esconder dele. O salmista pergunta? Para onde irei e me esconderei de tua presença? Então, conclui que nem no mais profundo abismo, nem na mais alta nuvem, nem na escuridão, nem na mais intensa luz, enfim não há como se esconder de Deus. Isto para o salmista é uma descoberta fantástica, misteriosa, poderia ser amedrontadora, mas ele considera ser consoladora porque, em qualquer lugar a mão do Senhor pode nos guiar.

III – DEUS É ONIPOTENTE – (vs13-18) O salmista tem a exata percepção do poder criador de Deus, de como ele foi formado na barriga de sua mãe, de como cada célula, cada parte de seu corpo foi sendo, secretamente e cuidadosamente “tecido”. Ele diz “tu me viste antes de eu ter nascido”. Tudo o que sua mente consegue apreender a respeito de Deus é grandioso! Então ele diz: os seus pensamentos são tantos que nem se podem contar, são como grãos de areia. E os teus planos quem pode alcançar?

CONCLUSÃO: (vs19-24) Ao compreender Que “Deus é tudo em todos”, ele revela sua completa rejeição aos maus, àqueles que não temem e não amam a Deus, nem o próximo, então, expressa o desejo para que eles desaparecessem da terra. Por fim, reconhecendo sua pequenez e insignificância submete-se inteiramente ao Senhor dizendo: examina-me e conhece-me... prova-me ... vê se há em mim algum pecado e guia-me pelo caminho eterno.


Entendo que esta também deveria ser a nossa atitude em submissão humilde e responsável àquele que tudo sabe tudo conhece e tudo pode, e que, por causa de seu amor pode nos levar à eternidade em segurança. Assim, também oro por mim e por você porque só ELE É TUDO EM TODOS.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

ELA QUERIA SER MAE



Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade.  (Salmo 145.18).

Era  dia da festa anual em Israel, o povo estava reunido para celebrar ao Seu Deus. Alegria, gratidão, ofertas, sacrifícios etc. eram a tônica do evento. Porem entre a multidão que celebrava, havia alguém profundamente triste, cabisbaixa, inconsolável. Era Ana, mulher de Elcana, que veio a ser a mãe do profeta Samuel o qual mais tarde ungiu a Davi como rei. O motivo da tristeza de Ana é que ela não tinha filhos. Enquanto as mulheres se confraternizavam e cada uma exibia seus filhos com orgulho, Ana em um canto abafava sua dor e vergonha. Isto mesmo! Era vergonhoso e humilhante para uma mulher casada de seu tempo não ter filhos. Foi quando ela, de sua dor, reunindo tudo o que lhe sobrara de forças, decidiu fazer a última coisa que sabia fazer: Orar ao Deus Todo Poderoso. “Ela, pois, com amargura de alma, orou ao Senhor, e chorou abundantemente”. (1 Samuel 1.10) O momento era apropriado, afinal estavam no templo e adoravam a Deus. Discretamente afastou-se de todos e dirigindo-se a Deus em oração expos seu pedido, seu desejo e sua tristeza.

Ela encontrava-se tão compenetrada e tão intimamente em comunhão com Deus que não ousava erguer a voz. Também seu pedido, não interessava aos demais, era um caso de interesse particular e que só mesmo Deus poderia atendê-la. “O sacerdote Eli que de longe a observava, julgou que estivesse bêbeda e repreendeu-a: –“E disse-lhe Eli: Até quando estarás tu embriagada?” Aparta de ti o teu vinho. Porém Ana respondeu: –Não, senhor meu, eu sou uma mulher atribulada de espírito; nem vinho nem bebida forte tenho bebido; porém tenho derramado a minha alma perante o SENHOR. [...] da multidão dos meus cuidados e do meu desgosto tenho falado até agora. Então respondeu Eli: –Vai em paz; e o Deus de Israel te conceda a petição que lhe fizeste”(1Sm 1.14-17).

Ana pediu um filho ao Senhor. Um ano depois já tinha seu filho nos braços. Ela consagrou-o ao Senhor conforme o que havia prometido em voto enquanto orava. No tempo certo o levou ao Templo para ser educado pelo profeta Eli para que aprendesse com ele e viesse a ser um sacerdote em Israel. Depois desse filho, Ana teve outros filhos que ficaram com ela em sua casa.

Aprendemos com este episódio que Deus se importa com a nossa dor. Ele ouve até os nossos sussurros quando o buscamos em temor e fé. Ana nos dá um exemplo de coragem, determinação e confiança. Ela sabia que só Deus realiza as coisas impossíveis aos seres humanos. Ela sabia que Deus era bom. Ela não permaneceu “atolada” em seu desgosto e tristeza e humilhação. Mas buscou em Deus o socorro e auxilio de que precisava.

Qual é mesmo o seu problema? Ana queria um filho, mas há quem deseje o renascimento: a salvação de um filho, a libertação de ente querido, ou restauração de um relacionamento,  etc. A lista não tem fim. Mas o mesmo Deus de Ana está ao nosso alcance. Ele se importa com a nossa dor, tanto que se importou com Ana. “... Ele é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera”. (Efésios 3.20). “Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração” (Jeremias 29.13).