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quarta-feira, 14 de maio de 2014

ELA QUERIA SER MAE



Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade.  (Salmo 145.18).

Era  dia da festa anual em Israel, o povo estava reunido para celebrar ao Seu Deus. Alegria, gratidão, ofertas, sacrifícios etc. eram a tônica do evento. Porem entre a multidão que celebrava, havia alguém profundamente triste, cabisbaixa, inconsolável. Era Ana, mulher de Elcana, que veio a ser a mãe do profeta Samuel o qual mais tarde ungiu a Davi como rei. O motivo da tristeza de Ana é que ela não tinha filhos. Enquanto as mulheres se confraternizavam e cada uma exibia seus filhos com orgulho, Ana em um canto abafava sua dor e vergonha. Isto mesmo! Era vergonhoso e humilhante para uma mulher casada de seu tempo não ter filhos. Foi quando ela, de sua dor, reunindo tudo o que lhe sobrara de forças, decidiu fazer a última coisa que sabia fazer: Orar ao Deus Todo Poderoso. “Ela, pois, com amargura de alma, orou ao Senhor, e chorou abundantemente”. (1 Samuel 1.10) O momento era apropriado, afinal estavam no templo e adoravam a Deus. Discretamente afastou-se de todos e dirigindo-se a Deus em oração expos seu pedido, seu desejo e sua tristeza.

Ela encontrava-se tão compenetrada e tão intimamente em comunhão com Deus que não ousava erguer a voz. Também seu pedido, não interessava aos demais, era um caso de interesse particular e que só mesmo Deus poderia atendê-la. “O sacerdote Eli que de longe a observava, julgou que estivesse bêbeda e repreendeu-a: –“E disse-lhe Eli: Até quando estarás tu embriagada?” Aparta de ti o teu vinho. Porém Ana respondeu: –Não, senhor meu, eu sou uma mulher atribulada de espírito; nem vinho nem bebida forte tenho bebido; porém tenho derramado a minha alma perante o SENHOR. [...] da multidão dos meus cuidados e do meu desgosto tenho falado até agora. Então respondeu Eli: –Vai em paz; e o Deus de Israel te conceda a petição que lhe fizeste”(1Sm 1.14-17).

Ana pediu um filho ao Senhor. Um ano depois já tinha seu filho nos braços. Ela consagrou-o ao Senhor conforme o que havia prometido em voto enquanto orava. No tempo certo o levou ao Templo para ser educado pelo profeta Eli para que aprendesse com ele e viesse a ser um sacerdote em Israel. Depois desse filho, Ana teve outros filhos que ficaram com ela em sua casa.

Aprendemos com este episódio que Deus se importa com a nossa dor. Ele ouve até os nossos sussurros quando o buscamos em temor e fé. Ana nos dá um exemplo de coragem, determinação e confiança. Ela sabia que só Deus realiza as coisas impossíveis aos seres humanos. Ela sabia que Deus era bom. Ela não permaneceu “atolada” em seu desgosto e tristeza e humilhação. Mas buscou em Deus o socorro e auxilio de que precisava.

Qual é mesmo o seu problema? Ana queria um filho, mas há quem deseje o renascimento: a salvação de um filho, a libertação de ente querido, ou restauração de um relacionamento,  etc. A lista não tem fim. Mas o mesmo Deus de Ana está ao nosso alcance. Ele se importa com a nossa dor, tanto que se importou com Ana. “... Ele é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera”. (Efésios 3.20). “Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração” (Jeremias 29.13).

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